6 Julho, 18h30, Anfiteatro 1
Cinema
Alcindo
Realização e Argumento Miguel Dores, 2021.
Pesquisa e Entrevistas Beatriz Carvalho, Miguel Dores
Direcção de Fotografia Filipe Casimiro
Montagem André Mendes, Miguel Dores
Produção João Afonso Vaz
Produtora Maus da Fita
Apoio Institucional SOS Racismo
Prémios
Doc Lisboa - Prémio do Público; Festival Caminhos do Cinema Português, Coimbra - Grande Prémio e Prémio de Melhor Documentário; Prémios da Associação Portuguesa de Antropologia - Menção Honrosa na categoria Filme Etnográfico; Festival Clit de Setúbal - prémio Melhor Longa Metragem.
Trailer
https://www.youtube.com/watch?v=urPuhxccSR0
Sinopse
A 10 de Junho de 1995, sob o pretexto múltiplo de celebrar o Dia da Raça e a vitória para a Taça de Portugal do Sporting, um grupo volumoso de nacionalistas portugueses sai às ruas do Bairro Alto para
espancar pessoas negras que encontra pelo caminho. O resultado oficial foram 10 vítimas, uma delas mortal cuja trágica morte na Rua Garret atribui o nome ao processo de tribunal – o caso Alcindo Monteiro. Este é um documentário sobre uma noite longa – uma noite do tamanho de um país.
7 de Julho, 18h30, Páteo Grego
Encontro com escritores
Ondjaki e Yara Nakahanda Monteiro
Ondjaki é poeta e escritor. Nascido em Luanda, em 1977, estudou interpretação teatral e é licenciado em Sociologia. O seu livro Actu sanguíneu recebeu menção honrosa no prémio António Jacinto (2000). Bom dia, Camaradas, Os da minha rua e AvóDezanove e o segredo do soviético foram finalistas do Prémio Portugal Telecom respetivamente em 2007, 2008 e 2010. AvóDezenove também foi finalista do Prémio São Paulo de Literatura e vencedor do Prémio Jabuti na categoria Juvenil. Em 2013, recebeu o Prémio José Saramago pela obra Os transparentes. Participa de antologias internacionais e já teve sua obra traduzida para mais de dez idiomas, entre inglês, espanhol, francês, alemão e outros. É membro da União dos Escritores Angolanos.
Yara Monteiro (1979) Nasceu em Angola, na província do Huambo. Tem as suas raízes familiares no Planalto Central de Angola e no Norte de Portugal. Com dois anos de idade, vem com a mãe e a família materna para Portugal e cresce na Margem Sul. É na adolescência que, estimulada pela sua professora de Português, começa activamente a escrever. Tem uma licenciatura em Recursos Humanos e trabalhou na área durante quinze anos. Em 2015, enquanto vivia no Brasil, iniciou a sua busca de conexão interior e em 2016, embarcou numa viagem xamânica na Amazónia que transmutou a sua vida. Já viveu em Luanda, Londres, Copenhaga, Rio de Janeiro e Atenas. Pratica yoga e meditação. O seu primeiro romance, Essa dama bate bué (Guerra e Paz, 2018) teve várias edições e traduções. Publicou recentemente um livro de poemas: Memórias, Aparições, Arritmias (Companhia das Letras, 2021), que ganhou o Prémio Literário Glória de Sant’ Anna 2022.
8 de Julho, 19h30, Jantar-Festa
com Mbye Ebrima (kora)
Mbye Ebrima, mandinga, intérprete de kora, compositor, cantor e diseur de história oral, nasceu em Jarra Soma, na Gâmbia, em 1988, numa família djéli, os Mbye, tocadores de kora e reputados conhecedores e divulgadores da história oral mandiga-kaabunké há muitas gerações. O pai de Ebrima, El-Hadji Alieu Mbye, era korista e um dos grandes conhecedores da história oral da região. Pelo lado materno, Mbye Ebrima descende de uma outra importante e antiga família djéli de tocadores de kora, os Cissoko de Casamança. Mbye Ebrima fez parte do grupo Kora Symphony, criado pelo presidente gambiano, no qual foi um dos seis membros fixos e várias vezes solista. Em 2014, foi para Alemanha a convite do diretor da companhia de dança Mother Africa e participou numa tour que percorreu três países e 47 cidades. Em 2015, fixou residência em Portugal, onde ainda hoje vive e trabalha como músico. Mbye Ebrima tocou em vários palcos, festivais e espectáculos (Coliseu do Porto; Clube B.Leza; ZIFF Festival, Tanzânia; VII Noia Harp Fest, Galiza; World in Harmony, Portugal) e colaborou com vários artistas como Selma Uamusse, Moullinex, Remna Schwarz, Eneida Marta, Kimi Djabaté, Marta Miranda, entre outros.
Feira do Livro
Durante os dias do CIEA11 decorrerá, nos espaços da FLUL, uma feira do livro orientada para as temáticas dos estudos africanos. Além de editoras portuguesas com catálogos relevantes nesta área, estarão também representadas editoras de países africanos.
Entre elas: ALCANCE (Moçambique); Associação Ouvir e Contar – Projeto Literaturas Afrikanas; Colibri (Portugal); Escola Portuguesa de Maputo; ETHALE (Moçambique); Fundação Amílcar Cabral (Cabo Verde); Instituto Caboverdiano do Livro; Instituto Nacional do Livro e do Disco (Angola); KusiMon (Guiné-Bissau); Letra Livre (Portugal); Leya (Portugal); Livraria Pedro Cardoso (Cabo Verde); Nimba (Guiné-Bissau); nossomos (Angola); Penguin (Portugal); Rosa de Porcelana (Cabo Verde); Spleen (Cabo Verde); Tinta da China (Portugal); União de Escritores Angolanos.
Sessões de Lançamento
Isabel Castro Henriques, Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana Séculos XV-XXI
Lisboa, Edições Colibri, junho de 2021
Cadernos de Estudos Africanos, nº42, 2022 - O processo de paz do conflito de Casamansa
https://journals.openedition.org/cea/
Encontros na Huíla, 1880s-90s:
rotas migrantes, missões, fronteiras, registos coloniais e outras vozes
Org. Cristiana Bastos, com Filipa Vicente, Inês Ponte, Maria Concetta LoBosco, Carla Osório, no âmbito do projecto The Colour of Labor /ERC AdG 695573 - Instituto de Ciências Sociais, ULisboa
Este conjunto expositivo, composto de álbum fotográfico, vídeo instalação e documentário, resulta de trabalhos e interacções recentes que se reportam a interacções mais antigas: as que produziram e produzem imagens e conhecimentos, alteridades, encontros, confrontos, violência, história, memórias, pós-memórias. apostas 1win Entre objectos fotográficos, documentos, registos de monumentos, paisagens, lápides, narrativas, etnografias, musealizações, depoimentos e entrevistas procuramos partilhar com o público, em contraponto ao registo colonial, alguns aspectos da experiência dessas interacções, tendo como referência de lugar e tempo o planalto da Huíla (sudoeste de Angola) nas décadas de 1880-90.